Com o avanço dos casos da varíola causada pelo vírus Monkeypox (MKP), também conhecida como varíola do macaco, é importante ficar atento aos sintomas para procurar ajuda médica em caso de suspeita.

A doença pode ser transmitida por meio de contato com alguém infectado, através de lesões na pele e gotículas, que podem estar presentes mesmo em objetos compartilhados, como roupas de cama e toalhas, por isso, é importante a detecção, isolamento e não compartilhamento de objetos. O período de incubação (tempo entre a contaminação e o aparecimento de sintomas) é geralmente de 5 a 21 dias.

Sintomas e como identificá-los

A primeira fase de sintomas se assemelha à uma gripe, como febre, dor de cabeça e dor no corpo, calafrios e exaustão, que podem durar em média três dias.

Na fase seguinte é que aparecem as lesões na pele que evoluem em cinco estágios, conhecidos como mácula, pápulas, vesículas, pústulas e finalmente crostas, estágio final quando caem. É o contato com elas que causa a transmissão do vírus para outras pessoas.

Se este quadro for acompanhado por dor de cabeça, início de febre acima de 38,5°C, linfonodos inchados, dores musculares e no corpo, dor nas costas e fraqueza profunda, é necessário fazer exame de PCR para confirmar ou descartar a doença.

O que fazer se tiver suspeita

Passa a ser considerado um caso suspeito qualquer pessoa, de qualquer idade, que apresenta erupções na pele de forma aguda e inexplicável. Se isso acontecer, busque atendimento médico.

Se este quadro for acompanhado de um ou mais dos demais sintomas (febre, fadiga, inchaço dos linfonodos e dores musculares), é necessário fazer exame para confirmar ou descartar a doença.

Casos considerados “prováveis” incluem sintomas semelhantes aos dos casos suspeitos e que apresentaram contato próximo com indivíduos com a doença (casos suspeitos ou confirmados), incluindo: contato físico direto com a pele ou com lesões na pele, exposição direta a secreções respiratórias, contato sexual ou com materiais contaminados (como roupas, toalhas etc.)  21 dias antes do início dos sintomas.

Como se proteger da doença

Profissionais de saúde em atendimento de casos suspeitos ou confirmados de MPX devem implementar precauções padrão, de contato e de gotículas, o que inclui uso de proteção ocular, máscara cirúrgica, avental e luvas descartáveis. Durante a execução de procedimentos que geram aerossóis, os profissionais de saúde devem adotar máscara N95 ou equivalente. O isolamento e as precauções adicionais baseadas na transmissão devem continuar até resolução completa das lesões, incluindo desaparecimento das crostas.

Durante a internação hospitalar, pacientes confirmados ou suspeitos de MPX devem permanecer em quarto privativo (ou pelo menos coorte exclusiva de casos confirmados) com as devidas medidas de precaução de contato e gotículas.

Em casa, familiares de alguma pessoa com a doença ou suspeita devem evitar contato com secreções, usar luvas descartáveis quando for descartar o lixo do paciente, higienizar as mãos com água e sabão, dando preferência ao papel-toalha para secá-las. Caso não seja possível, utilizar toalha de tecido e trocá-la toda vez que ficar úmida. Limpar frequentemente as superfícies que são frequentemente tocadas com solução contendo água sanitária (incluindo banheiros e toaletes) e lavar roupas pessoais, roupas de cama e roupas de banho do paciente separadamente com sabão comum e água entre 60 e 90°C. Não sacudir roupas úmidas. Evitar compartilhamento de talheres, os quais devem ser lavados com água entre 60-90°C e sabão comum.

Sempre que possível o caso suspeito ou confirmado deverá permanecer em uma área separada de outros membros da família ou a pelo menos 1 metro de distância. Dormir em cama separada. Cobrir as lesões de pele o máximo possível (por exemplo, com camisas com mangas compridas e calças compridas) para minimizar o risco de disseminação de Monkeypox. Utilizar máscara cirúrgica.

Fonte: Secretaria de Saúde – Governo do Estado de São Paulo