A I Jornada de Promoção da Igualdade Racial alcançou os seus objetivos em Itapevi. Evento pioneiro na região, foi promovido pela ProRacial, comissão criada pela Prefeitura de Itapevi, no ano passado, para garantir a igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos individuais e coletivos, visando a promoção da igualdade racial, prevenindo e combatendo o racismo, a discriminação e o preconceito racial.

Com exposições, desfiles de moda, estandes de afroempreendedorismo, palestras, rodas de conversa, apresentações culturais e artísticas, em vários locais, durante todo o mês de novembro, um dos pontos altos da Jornada, foi a realização de mesas temáticas com diversos representantes da sociedade civil organizada, no sábado (26), no Parque da Cidade.

Logo pela manhã, aconteceu a palestra Educação Antirracista, com representantes das secretarias de Educação estadual e municipal, importante encontro que promoveu integração entre educadores para a implementação de ações propositivas para serem trabalhadas com os alunos por meio de currículo escolar.

Ao longo do dia, também foram discutidos dados estatísticos da população negra, saúde, cultura e relações raciais e marco legal. Na ocasião, também foram montados estandes com arte e produtos de origem afroindígenas.

Para Gilmar Soares Sobrinho, sociólogo e artista plástico, batizado na comunidade Guarani, na região de São Sebastião, como Karaí Mambí (Filho do Trovão), esta primeira jornada representa um marco na luta por representatividade em toda a região. “A história dos negros se confunde com a história dos povos indígenas. Falar sobre isso, divulgar nossa cultura e nossa luta é fundamental para garantir o nosso espaço, os nossos direitos e a nossa existência”.

No domingo (27), o encontro multirreligioso reuniu representantes de todas as matrizes religiosas do município, promovendo um momento especial de união, integração e representatividade.

“Essa jornada é muito especial e foi muito importante para todos nós, porque dá visibilidade para o povo preto e para todas as pessoas que fazem parte das religiões afro-brasileiras”, disse Michelle Esteves Soares, moradora do Jardim Vitápolis, que trabalha com artesanatos religiosos e esotéricos e participou dos estandes de afroempreendedorismo.