Beneficiárias de programas sociais, com crianças de zero a seis anos, recebem rede de apoio de profissionais

“Ter alguém para me ouvir, para me orientar e me ajudar com o meu filho é uma verdadeira bênção”. O depoimento é da Adelaine Santos Dias de Oliveira, de 33 anos, mãe do Lucas. Ela está falando sobre o programa Criança Feliz, mantido pela Prefeitura de Itapevi.

O programa tem como objetivo ampliar a rede de atenção e o cuidado integral às crianças na primeira infância (de zero a seis anos).

Em parceria com o Governo Federal, idealizador do programa, são realizadas visitas semanalmente para crianças de até 3 anos de idade e quinzenalmente a crianças beneficiárias do Benefício de Prestação Continuada (BPC ) de até 6 anos de idade. As visitas têm o objetivo de promover o desenvolvimento das crianças com ações de saúde, educação, assistência social, cultura e direitos humanos. A principal ideia é que esses profissionais facilitem a vida dessas famílias, com ajuda em diversas áreas, como por exemplo: a marcação de um especialista ou vaga em creche.

Desde junho, quando o programa foi implantado no município, a Adelaine e o pequeno Lucas são visitados a cada 15 dias por umas das visitadoras sociais do programa, que atende 100 famílias na cidade.

“A cada visita, orientamos a mãe, realizamos atividades com as crianças e damos todo o suporte necessário”, explica Neuza Roque de Oliveira, visitadora social.

O Lucas tem quatro anos e sofreu paralisia cerebral logo depois que nasceu. Ele ficou quatro meses internado na UTI. Por conta dos problemas de saúde a criança também ficou surda. Desde então, a rotina da Adelaine tem sido árdua. “Cada dia é um aprendizado, uma dificuldade a ser vencida. Graças a Deus, a evolução do Lucas tem sido muito boa e depois que aderimos ao programa o desenvolvimento tem sido melhor ainda”, explica.

“Essa atenção, esse suporte, não tem preço. É um grande alívio”, explica a moradora do Jardim Santa Rita, mãe de outros três filhos.

O atendimento humanizado realizado pelas visitadoras também é o grande diferencial do programa apontado pela Ingrid, que mora na Cohab e é mãe da Anahí e o do pequeno Heitor.
“A atenção que recebemos durante as visitas é muito reconfortante. Elas nos auxiliam de diversas formas, nos orientam, se preocupam com o desenvolvimento dos nossos filhos e, muitas vezes, buscam soluções para questões que não saberíamos como resolver”, confirma Ingrid Santos de Lima, de 22 anos.

A mãe do Heitor conta que ele nasceu prematuro, com apenas 28 semanas. Ele tem paralisia cerebral e também foi diagnosticado com autismo. “O programa me ajuda a reforçar os estímulos que o Heitor precisa e os conhecimentos que as visitadoras me trazem são muito bem-vindos”.

O Programa

O Criança Feliz é destinado a gestantes e crianças beneficiárias dos programas Bolsa Família e Benefício de Prestação Continuada (BPC). Menores de até seis anos afastados do convívio familiar por decisão judicial também estão inseridos na ação.

As visitas são realizadas em residências de famílias que aceitaram participar do programa. “Na prática, as visitadoras darão suporte social e orientações em geral para as famílias”, explicou a assistente social e supervisora do programa em Itapevi, Débora Maria da Silva.