Ao longo de todo este mês de janeiro, a Prefeitura de Itapevi adere a Campanha Nacional de Combate à Hanseníase, conhecida como “Janeiro Roxo”.

A adesão é baseada na lei federal 12.135, de 2009, que instituiu o dia 31 de janeiro como a data nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase. O último domingo do mês de janeiro (26) marca o Dia Mundial contra a Hanseníase.

Essas datas reforçam o compromisso do município em controlar essa enfermidade, além de oferecer o diagnóstico e o tratamento precoces, difundir informações e desfazer o preconceito. É essencial a conscientização da população e também dos profissionais de saúde.

Mesmo em 2020, ainda existem muitos mitos e preconceitos entre as pessoas, o que prejudica tanto o diagnóstico quanto o tratamento. Conhecer a Hanseníase é fundamental para que o tratamento seja realizado da forma adequada. Desta forma, tendo como objetivo intensificar a busca de casos novos, a Prefeitura realiza ações de sensibilização e capacitação dos profissionais da área da saúde do município.

A Secretaria de Saúde de Itapevi ainda esclarece que todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) e Unidades de Saúde da Família (USF’s) do município estão aptas na realização do diagnóstico inicial e ainda oferecer encaminhamento para especialistas, caso seja necessário.

Qualificação de servidores

Nesta sexta-feira (10), das 8h às 12h, haverá uma palestra para cerca de 80 agentes comunitários de saúde com o tema “Sensibilização e Capacitação em Hanseníase”. O evento acontece no 3º andar da Secretaria de Educação (Rua Professor Irineu Chaluppe, 65 – Centro).

No dia 17 de janeiro, o treinamento será para cerca de 30 auxiliares e técnicos de enfermagem. E para encerrar, no dia 29 de janeiro, quem recebe capacitação são cerca de 60 profissionais, entre médicos, enfermeiros e fisioterapeutas.

Sobre a Hanseníase

É uma das doenças mais antigas do mundo. De acordo com o Ministério da Saúde, atualmente, o Brasil é o país em segundo lugar com mais casos da enfermidade no mundo, atrás somente da Índia. Por ano, são registrados cerca de 30 mil casos nos vários estados brasileiros, assim, devido ao seu alto poder incapacitante, ainda é considerada um problema de saúde pública.

A hanseníase (antigamente conhecida como lepra) é uma doença infecciosa, contagiosa, causada pelo bacilo Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen. A transmissão ocorre por meio de contato próximo e contínuo com o paciente não tratado. Sua evolução depende de características do sistema imunológico da pessoa infectada e apresenta múltiplas manifestações clínicas, exteriorizadas principalmente, por lesões dos nervos periféricos e cutâneas com alteração de sensibilidade.

Apesar de ser uma doença da pele, é transmitida através de gotículas que saem do nariz, ou através da saliva do paciente. Afeta essencialmente a epiderme, mas pode afetar também os olhos, os nervos periféricos e, eventualmente, outros órgãos. O período em que a bactéria fica incubada no organismo é prolongado e pode variar de dois a sete anos.

A orientação da Sociedade Brasileira de Dermatologia é que as pessoas procurem uma unidade de saúde assim que perceberem o aparecimento de manchas, de qualquer cor, em qualquer parte do corpo, principalmente se a área apresentar diminuição de sensibilidade ao calor e ao toque, e também quando for diagnosticado um caso de hanseníase na família. Após iniciado o tratamento, o paciente para de transmitir a doença imediatamente.

Sinais e Sintomas da doença

– Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo.
– Área de pele seca e com falta de suor.
– Área da pele com queda de pêlos, mais especialmente nas sobrancelhas.
– Área da pele com perda ou ausência de sensibilidade (dormências, diminuição da sensibilidade ao toque, calor ou dor). Neste caso, pode ocorrer de uma pessoa se queimar no fogão e nem perceber, indo verificar a lesão avermelhada da queimadura na pele mais tarde.
– Parestesias (sensação de formigamento na pele, principalmente das mãos e dos pés).
– Dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas.
– Edema ou inchaço de mãos e pés.
– Diminuição da força dos músculos das mãos, pés e face devido à inflamação de nervos, que nesses casos podem estar engrossados e doloridos.
– Úlceras de pernas e pés.
– Nódulo (caroços) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.
Caso notar qualquer um desses sintomas, a população pode procurar as UBSs e USFs mais próximas de sua residência.